sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Disney - Não era tão inocente...

Depois de uma semana sem dar notícias, aqui estou! Do que irei falar hoje? O título já denuncia, só que, não se trata de um resumeco de alguns dos desenhos, mas sim da obra em si!

Partindo do início, podia-se ver que o empenho que Walt Disney e sua equipe em dar vida ao primeiro longa-metragem de animação: Branca de Neve e os Sete Anões (Snow White and the Seven Dwarves para os mais afrescalhados) não foi em vão, já que além de ter sido, em 1937, uma revolução na parte de animação, foi o primeiro de inúmeros longas de grande sucesso (houveram as exceções).

Da mesma forma que um desenho pode encantar, ele também pode assustar. Por quê? Somente pelo fato de que, em Branca de Neve por exemplo, a passagem onde ela (Branca) atravessa a floresta, graças ao seu inconsciente acaba se transformando num ambiente horripilante onde todos os elementos (vivos e não-vivos) tomam forma e de alguma forma, tentam por destruí-la.

Aliado a uma técnica de animação perfeita, eis que foram surgindo alguns dos "Clássicos" como Pinóquio, Bambi, Cinderella. No meio de tantos desenhos, haviam alguns filmes que mesmo sendo um fracasso ou até mesmo bem-sucedidos, mostravam que o velho Walt não estava apenas fazendo entreterimento infantil, mas também como propaganda estadunidense na Segunda Guerra Mundial justamente com que personagem: o bom e velho Pato Donald, mas isto não vem ao caso (ainda).

Não só propaganda de guerra, mas ironicamente graças a ela, os estúdios de animação não dispunham de recursos para novos longas e é aí que entra a questão onde eu queria chegar: a ousadia em utilizar experimentalismo de uma forma bem peculiar...

Por não ter verba, a solução foi fazer curtas e dividí-los em segmentos, assim como em Fantasia, resultando em mais clássicos, como: Tempo de Melodia; Como é Bom se Divertir e As Aventuras de Ichabod e Sr. Sapo, este último, portador de uma das sequências mais macabras que se pode ver num desenho animado: a perseguição do Cavaleiro Sem Cabeça atrás do Ichabod (NOTA: o desenho do Ichabod passou esses dias no Disney Channel e eu fiz questão de não ver justamente por não saber do que se tratava). E junto, um dos desenhos que eu mais curto: O Sapo Maluco (J. Thaddeus Toad).

Anos mais tarde, os longas foram se adaptando ao novo formato de tela, o Cinemascope (vulgo Widescreen) além de explorarem novas técnicas de animação. Em comparação com as décadas de 40 e 50 (esta última, o auge de Walt Disney), os anos seguintes não foram tão produtivos, detalhe que foi exceção a partir de 1985, ano de produção do 25º longa Disney e por sinal, o mais experimental em termos de temática: O Caldeirão Mágico.

Pela primeira vez em mais de 70 anos de existência, a Disney produziu uma obra que mesmo naufragando nas bilheterias e com diversos problemas durante a produção, conseguiu fazer algo que há anos não se via: sequências macabras e traço bem caracterizado nos vilões. O porquê? Atingir os adolescentes de 15 anos com uma trama medieval. Não é novidade saber que em meados da década de 80, a tecnologia digital estava começando a dar seus passos e isso se dá em discretos efeitos especiais em CGI feitos de forma que parecessem desenhados.

Se teve uma fase que eu não tive oportunidade de acompanhar, foi justamente do período de 1981~1989, onde sairam os desenhos mais improváveis que a Disney fizesse... Pena que dessa época, eu só tenha realmente assistido A Pequena Sereia.

Hoje, desenho animado é tratado como se fosse coisa pra criança, mas convenhamos, nenhum estúdio de animação e em especial Walt Disney, que fazia questão de inserir simbologia em suas produções, pensava dessa forma. Se fosse realmente coisa pra criança, não existiriam Looney Tunes, Pica-Pau, Tom & Jerry e os respectivos Banned Cartoons (Desenhos Banidos)...

Depois dessa, só digo isso: sayonara!

2 comentários:

Anônimo disse...

Porra mano,
td bem q desenho desse nipe nunca foi coisa pra criança...
ctz se deu a verdade nua e crua agora ^^
continue fazendo comentários assim XD
e só pra não eskecer...
desenho nunca mais foi coisa de criança e nunca mais será uebaaa =p

Unknown disse...

Eu quero! Eu quero!. Deixa eu entrar nesse espaço para falar umas verdades não tão divulgadas, o MostreaLingua é para outra finalidade(ainda que eu não saiba o quê). Manda um convite ai