quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Música Urbana

Mais uma vez me metendo com o bom e velho Cinema, tá aí um bom exemplo o que pode ser feito com uma reles câmera durante a noite...


E como já dizia Glauber Rocha: "Com uma câmera na mão e uma idéia na cabeça"

domingo, 9 de dezembro de 2007

Raízes, Sangrentas Raízes...

(Oh! Chegamos à décima postagem por aqui! \o/)

Raízes, Sangrentas Raízes? O que isso teria a ver com o assunto desta postagem além de ser uma das músicas do Sepultura (Roots Bloody Roots)? Apenas o tema central: a molecada que diz curtir Metal!

Pra começar, basta visitar as boas e velhas comunidades do Orkut começadas com "eu odeio..." e dar uma boa cavocada nas que falam sobre odiar coisas como: emos, grunge, punk, etc. Até então algo normal, uma vez que não se pode agradar a gregos e troianos, mas quem são os donos das tais comunidades? Seriam HeadBangers?

Não! São os moleques de 14 a 18 anos que curtem, pasme, Metal Melódico. Tá certo que tem muito banger que odeia punk e vice-versa, mas convenhamos, pelo menos estes têm um puta respeito pelos odiados por um simples motivo que eu falarei mais adiante...

Os argumentos usados pela molecada se resumem em dois fatores: ausência de técnica e exposição na mídia, gerando modismo por conseqüência. Que existem os que seguem uma moda vigente e consomem com voracidade o que a mídia fabrica é fato, mas também há o outro lado da moeda, ou seja, os que também curte o estilo que está na moda só que, em suas raízes!

O que eu quis dizer com isto, trocando em míúdos: existe muito Emo e Punk que curte as bandas "modinha", mas a grande preferência é pelo underground, de onde surgiram o restante de suas influências.

E você deve estar se perguntando: Porra, o que tudo isso tem a ver com a molecada que curte Metal Melódico? TUDO! Eu, particularmente, cansei de ver molequinho que mal sabe o que quer da vida ficar falando merda sobre as coisas que "odeia", e pior, sem argumentar e quando o faz, usa as mesmas frases: "banda de viadinho"; "ele era um imbecil"; "vocês têm inveja só por que ele é o mestre".

Elogios são uma coisa, mas rasgação de seda é exagero. Quer um exemplo: 99% dos fãs de Angra dizem que Kiko Loureiro é o melhor guitarrista do mundo e quem não tem a mesma técnica, é medíocre, ou como diriam, guitarrsta de punk. Isso sem falar na Rasgação de Seda de "virtuosos", ou como eu considero, "punheteiros" como: Malmsteen, Joe Petrucci, Michael Ângelo. Idolatrados por um motivo só: fritam seus instrumentos, ou melhor, fazem da velocidade o Santo Graal pra qualquer aspirante a guitarrista.

Agora, como diria Rafinha Bastos: Pra quê? Pra que ficar usando arpejos, two-hands, bends, tapping e escalas mil se a melodia fica parecida com exercícios de guitarra, tirando não só o feeling, mas também com a intenção de tocar: paixão e prazer. Hoje, bandas como Dream Theater, Angra, Hammerfall, entre outras, são reverenciadas pela molecada como os Deuses do Metal e o que não for neste nível (entenda-se por fritar os instrumentos e cantar letras alegrinhas e pomposas), é lixo.

Vamos pensar um pouco: analisando a história do Metal, a intenção original não era fazer música pra vender, mas sim pra chocar graças aos seus elementos: letras que tratavam de "satanismo" e um pouco de ocultismo misturadas com 3 ou 4 acordes distorcidos. O responsável por isso: Black Sabbath e posteriormente, o reverenciado Iron Maiden. Estava inventado o Heavy Metal, até que nesse meio tempo, influenciados pelo Punk de 77 e o Hardcore, caras como Kerry King, Lars Ulrich deram início ao Thrash Metal: mais sujo que o metal tradicional e com letras com temas semelhantes aos do Punk Rock.

Se originalmente a proposta do Metal era pra ser um som sujo e quase cru, então pra que anos depois, inventaram de colocar um vocal agudo, guitarras sendo estupradas e una bateria que mais parece um martelo só pra fazer molequinho ouvir e achar aquilo uma maravilha?

A parte dolorosa disso é saber que 100% dos fãs de Melódico curte animação japa e joga RPG, ou seja, mancham 10 vezes mais a imagem dos Nerds. Falo isso por que eu já fui Nerd (ainda tenho traços, mas nada relevante). Pior do que ficar criticando música em geral e achar que só o erudito vale a pena, é vê-los meter o bedelho onde não são chamados e querendo se exibir com as masturbações na guitarra.

Fazendo uma comparação bem rápida: o Metal Melódico tá pro metal assim como o Hardcore Melódico tá pro punk. Maior modinha de criançada que viu uma ou duas músicas aleatórias e já sai achando que é a melhor coisa do mundo.

Dogmas ou não, eu acho o seguinte: antes de criticar alguma coisa, conheça o objeto alvo a fundo e depois fale o que bem entender e usando de argumentos e não frases feitas!